O Governo do Paraná intensifica a violência contra os trabalhadores Sem Terra. Em aliança com o Poder Judiciário e a setores da grande imprensa, o governador Beto Richa atende os interesses dos fazendeiros, com o objetivo de criminalizar a luta pela Reforma Agrária e garantir a posse aos grandes proprietários de terras.
O mais recente capítulo desta epopeia em que a questão social da luta pela terra é tratada como caso policial ocorreu no município de Santa Terezinha de Itaipu, no extremo-oeste do Paraná, com a reintegração da fazenda Santa Maria. Dirigentes da APP-Sindicato/Foz, educadores, militantes do Centro de Direitos Humanos, de partidos e movimentos de esquerda de Foz do Iguaçu acompanharam o truculento processo de desalojamento de centenas de famílias, que envolveu diretamente mais de 500 policiais militares.
Os/as educadores/as Diego Valdez, Cátia Castro, Inês Maciel, Ivanir Gloria Campos, entre outros companheiros/as da educação, participaram dos acontecimentos. No relato a seguir, o secretário de Organização da APP-Sindicato/Foz, Diego Valdez, reuniu as suas impressões.
“Quem não se movimenta não sente as correntes que os prendem” – Rosa Luxemburgo
Sobre a ação de reintegração de “posse” contra o MST (diga-se de passagem, que aconteceu 60 dias antes do prazo acordado entre o judiciário e movimento, ou seja, não foram os trabalhadores/as que romperam o acordo) ocorrida nesta quarta-feira (18) na fazenda Santa Maria, em Santa Terezinha de Itaipu, pude acompanhar os acontecimentos e quero dar algumas impressões do que vi. Mas não quero começar por hoje,