Sindicatos da educação em Foz pedem audiência pública sobre aulas presenciais

Assinado por representantes de cinco entidades, documento foi protocolado na Câmara de Vereadores.

Diferentemente dos governos municipal, estadual e federal, sindicatos de trabalhadores(as) na educação em Foz do Iguaçu querem debater amplamente o risco da volta às aulas presenciais. Cinco entidades protocolaram na Câmara de Vereadores pedido de audiência pública sobre o tema.

O objetivo é reunir a comunidade, principalmente representantes do poder público e de categorias profissionais, educadores(as), estudantes, mães e pais de alunos(as) para dialogar. A proposta também prevê a participação de especialistas e profissionais de saúde.

A solicitação foi destinada, de forma on-line, aos(às) 15 vereadores(as) de Foz do Iuguaçu. A reivindicação de audiência pública sobre aulas presenciais no contexto da pandemia de covid-19 é uma proposta das seguintes organizações de trabalhadores(as) da educação:

APP-Sindicato/Foz: representa professores(as) e funcionários(as) de colégios estaduais em nove cidades da região e educadores(as) municipais de Itaipulândia;

Adunioeste: representa professores(as) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste);

Sesunila: representa professores(as) da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila);

Sinprefi: representa professores(as) e profissionais de escolas municipais de Foz do Iguaçu; e

Sinteoeste: representa professores(as) e técnicos(as) de instituições de ensino superior na Região Oeste.

Conforme Diego Valdez, os governos estão impondo o retorno às aulas presenciais sem controlar a pandemia ou oferecer vacinação para a maior parte da população. Não são apresentados estudos técnicos e científicos para embasar as decisões, de cunho meramente político.

“A imposição do retorno às aulas atende a interesses do setor privado da educação”, defende o presidente da APP-Sindicato/Foz, Diego Valdez. “E também é para alimentar o discurso negacionista, que segue negando os fatos, isto é, a montanha de mortes e de pessoas adoecidas pela covid-19, provocada pela incapacidade do poder público”, completa.

Além do quadro epidemiológico, que desmente qualquer condição de volta às aulas, prossegue Diego, não foram feitos investimentos ou sanados problemas antigos que comprometem o funcionamento escolar na pandemia. Ele cita o caso da rede estadual do Paraná:

– aumento vertiginoso da circulação de pessoas;

– transporte público precário para adolescentes e jovens;

– estrutura física das escolas inadequada para o enfrentamento da pandemia; e

– falta de funcionários(as) e professores(as) (o que representará carência no atendimento de alunos e aulas vagas sem que educadores possam acompanhar os estudantes).

Acesse documento protocolado na Câmara de Foz.