Retorno às atividades em sala com segurança só com a vacinação da maior parte da população.
Ratinho Junior (PSD) e seu empresário-secretário, Renato Feder, mentiram para a população paranaense e aos(às) educadores(as). Disseram que as aulas presenciais seriam retomadas só com vacinação de professores(as) e funcionários(as).
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Mentiram, mais uma vez, o que não é novidade e nem causa qualquer espanto. Protegido em sua transmissão pela internet, Ratinho Junior anunciou que o retorno presencial das aulas será daqui a seis dias, na próxima segunda-feira, 10.
Disse o governador que as aulas retornarão juntamente com a vacinação de educadores(as) contra a covid-19. Você sabe quando será vacinado(a)? O que Ratinho Junor não conta é que o seu governo, inerte no enfrentamento da pandemia, pretende vacinar apenas uma pequena parte da categoria.
Além disso, as vacinas, como enfatizam as autoridades sanitárias que não são negacionistas, precisam de duas doses para fazer efeito, com intervalo de tempo entre elas. O medicamento leva, ainda, alguns dias após a segunda aplicação para proteger a pessoa. Ou seja, esse retorno abrupto é um ataque à saúde da comunidade escolar.
Sem vacinação para a grande parte da população – cerca de 70% dela – , conforme preconiza a ciência, não há segurança para o retorno às aulas. Enquando isso não acontecer, o necessário a ser feito é assessurar o direito das pesssoas ao distanciamento social contundente, a fim de reduzir a transmissão do coronavírus, o adoecimento e as mortes.
E tem mais. A relação entre a vacinação de uma pequena parte da categoria e a reabertura das escolas para o ensino não é processo simplista como quer fazer crer Ratinho Junior e sua corja.
Vacinar parte dos(as) educadores(as) e determinar aulas presenciais irá manter a pandemia ativa, pois os imunizados podem ser infectados com a forma leve da doença e transmiti-la no ambiente de ensino. Com vacina para uma parcela de professores(as) e funcionários(as), sem imunizar a maioria da população, o contágio não será contido nas escolas.
A verdade é que o governo não tem um calendário e tampouco sabe quando vacinará os(as) servidores(as) da rede estadual de educação. Ratinho Junior está expondo professores(as), funcionários(as), estudantes e suas famílias à covid-19.
Educadores(as), que não pararam de trabalhar durante a pandemia, sofrem com a retirada de direitos, ataques e com assédio moral do governo, devem seguir o caminho da luta. É greve pela vida. Unidade e mobilização contra o negacionismo de Ratinho Junior e Feder.