* Diego Valdez
Ratinho Junior (PSD) e seu dublê de secretário, Renato Feder, vieram a público falar sobre a data-base dos(as) servidores(as) do Paraná. E, mais uma vez, mentiram para a população e para a categoria: não há reajuste no salário do funcionalismo!
Apresentamos aqui impressões sobre o engodo do “reajuste” em 5 pontos:
1. Reafirmamos que não há reajuste. Foi anunciada a correção do valor do PISO SALARIAL DO MAGISTÉRIO sem aplicação do índice anual de correção, apenas atualizando o valor do inicial, gerando “efeito cascata” menor na tabela do que se fosse reajuste ou correção.
2. Isso só acontece agora porque recursos do FUNDEB tiveram aumento. Para o Paraná, essa alta do fundo da educação foi de quase 25% a mais e, portanto, não há recursos do estado nessa conta.
3. Funcionários(as) estão fora das medidas anunciadas. Ainda que recursos do FUNDEB possam ser usados para remunerar profissionais da educação em geral (o que é o nosso caso no Paraná), não fazemos parte do PSNP. Poderíamos ter reajuste se houvesse vontade do governo? Sim! Como dito, há recursos. Mas um governo que nos considera como FUNÇÕES ASSESSORAS e não educadores(as) não o faria.
4. Mais uma vez, de forma escancarada, o Governo Ratinho Junior fala que não reconhece o sindicato como representação dos(as) trabalhadores(as). E a direção da APP-Sindicato ainda assim aposta no sindicalismo de resultados, das comissões tripartites, nas narrativas de vitórias ao invés de partir para a mobilização massiva da categoria. O tempo, energia e dinheiro gastos com as eleições do sindicato sustentariam uma grande mobilização de massa da categoria.
5. O governo literalmente “acabou com a raça” do sindicato ao dizer que quem pensa no PSS não é o sindicato, e ao dar “reajuste” para parte da categoria, a qual está cada vez mais fragmentada. A direção do sindicato, que ao invés de fazer autocrítica e reorganizar a “rota”, diz que quem a critica é contrário à entidade.
Diego Valdez é agente educacional em Foz do Iguaçu, presidente da APP-Sindicato/Foz e está há cerca de sete anos sem reajustes.