Conquista histórica é resultado da união e da organização da categoria, que lutou para fazer valer direito previsto em lei.
A mobilização dos(as) educadores(as) de Itaipulândia (PR) levaram a prefeitura da cidade a cumprir a lei e pagar o Piso Salarial Nacional do Magistério (PSNM) aos(às) professores(as). O projeto que oficializa reajuste de 33,24% deverá seguir para a aprovação da Câmara de Vereadores, de acordo com a administração.
Após anos de cobranças e sem respostas dos gestores municipais, a Direção Municipal da APP-Sindicato/Foz em Itaipulândia havia decidido entrar na Justiça e denunciar a prefeitura ao Ministério Público. Pressionado, o poder público decidiu garantir o direito.
Não foram poucas as lutas e mobilizações dos(as) professores(as) para que fossem contemplados(as) com o reajuste previsto na Lei do Piso, mecanismo de valorização dos profissionais da educação. Mas, ainda que a lei determine, as conquistas têm sido arrancadas somente com a luta da categoria.
A coordenadora da Direção Municipal da APP, Suleica de Oliveira, destacou que a conquista é fruto de união e organização. “Fizemos uma grande pressão na gestão municipal, exigindo o pagamento do piso, nosso direito. A categoria ficou extremamente satisfeita com a posição e apoio da APP-Sindicato/Foz para chegarmos a essa vitória”, disse.
Presidenta da APP-Sindicato/Foz, Janete Balduíno também ressaltou a força da coletividade. “Essa vitória mostra a importância da mobilização e união da categoria, já que parte dos administradores públicos no Estado do Paraná desprezam a Lei do Piso, mesmo com a obrigatoriedade desse pagamento prevista na legislação”, avaliou.
Para Lisete Zacomelli, secretária de Assuntos Municipais da APP-Sindicato/Foz, essa conquista exigiu muito esforço em anos. “Nesta semana, decidimos que tomaríamos outras medidas para exigir esse direito. A administração municipal ficou sabendo e preferiu evitar o desgaste, tomando a decisão de enviar o projeto para a câmara municipal.
Essa vitória chega em boa hora, avaliam educadores(a) itaipulandienses, já que a categoria sofre grande desgaste com as políticas da administração municipal, desde o desmonte no plano de carreiras dos educadores(as) à irregularidade na distribuição de aulas, no começo do ano, até a superlotação de salas. A mobilização segue para acompanhar a aprovação do projeto pelos vereadores e sua efetivação na folha de pagamento.