APP-Sindicato/Foz reafirma sua posição contrária à militarização de escolas públicas, e que defende a educação plural, democrática e humanista. Para a entidade, a transferência de escolas a militares é parte de um projeto político e ideológico mantido no Paraná e no país.
Para debater essa pauta, o Núcleo Sindical convoca reunião ampliada do Conselho Regional, em caráter de urgência, nessa segunda-feira, 26, às 17h30, pelo Meet. O encontro é dirigido a representantes de escolas e a educadores(as) das instituições listadas pelo governo para serem convertidas em “colégios cívico-militares” para definir as ações da categoria. Quem não é representante de escola deverá solicitar o envio do link da reunião pelo WhatsApp (45) 9936-0172.
O sindicato denuncia que não haverá eleição nas instituições cívico-militares, o que retira o direito da comunidade escolar – educadores(as), estudantes, pais e mães – de escolher seus representantes. Para a entidade, haverá transferência de professores(as) e demissões de agentes educacionais, já que serão convocados militares da reserva para atuarem como monitores.
“O governador Ratinho Junior está destruindo a escola democrática para impor a escola da censura, do silêncio, da mordaça e da farda”, expõe o presidente da APP-Sindicato/Foz, Diego Valdez. “Esse processo retira recursos dos colégios estaduais para privilegiar espaços de difusão da disciplina e da ideologia de quartel”, completa.
De acordo com o educador, outro problema é a falta de debate. “Foi uma lei aprovada a toque de caixa com tratoraço na Alep, sem amplo debate. Agora, o governador anuncia as escolas que poderão ser militarizadas e quer que essas instituições façam referendo em dois dias, em plena pandemia, sem qualquer controle sanitário. Não há nenhum espaço de discussão sobre uma decisão tão séria, que interfere em comunidades e escolas, na vida de educadores e de estudantes”, frisa Diego.