Nessa segunda-feira, 22 de julho de 2019, grande parte das escolas estaduais paranaenses retornou às aulas, pois os/as educadores/as iniciaram a reposição da greve!
Nós, professores(as) e funcionários(as), assim como os(as) alunos(as), gostaríamos de estar usufruindo do recesso escolar, como previsto no Calendário Escolar 2019. No entanto, definimos voltar antes às aulas, interromper o descanso e iniciarmos a reposição dos dias que estivemos em greve.
Desde o início da paralisação, o compromisso que assumimos com a comunidade escolar foi o de respeitar o direito dos(as) estudantes à carga horária total e dias letivos!
Diferentemente do governador do Paraná (Ratinho Junior), para nós, educadores(as), compromisso é algo sério, que deve ser cumprido, e não algo usado para ganhar voto e apoio em período eleitoral. Também diferentemente do governador, temos respeito aos direitos dos(as) nossos(as) alunos(as) e demais membros da comunidade escolar.
Por falar em respeito, foi a falta de respeito do governador que nos levou a entrar em greve. Tudo o que pedimos durante a paralisação foi que o governo respeitasse as leis estaduais e nacionais que tratam dos direitos dos(as) trabalhadores(as), como por exemplo, o plano de carreira, hora-atividade, jornada de trabalho,
reposição salarial, concurso público, salário mínimo regional aos(às) funcionários(as) de escolas, etc.
É um absurdo que os governantes não respeitem as leis, que não paguem as dívidas com os(as) servidores(as), quando todos nós cidadãos(ãs) paranaenses temos que pagar nossos impostos em dia e cumprir rigorosamente
o que está na lei, sob pena de respondermos por isso.
Ao realizarmos a greve e cobrarmos que os governantes invistam mais e melhor em educação pública de qualidade, também estamos educando. E mais ainda, estamos colocando em prática uma bela lição de cidadania, que deveria ser praticada por toda a sociedade: conhecer e lutar por direitos.
Agradecemos a todos e a todas que apoiaram a greve dos(as) educadores(as), e contem conosco para a defesa da educação pública de qualidade, pois de acordo com um grande educador Paulo Freire: “Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho (…). Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.”
A direção da APP-Sindicato/Foz