Estado de Greve? Sim, o estado é grave. É preciso reorganizar a resistência entre os educadores.
Cátia Ronsani Castro
Estado de Greve foi a proposta aprovada na assembleia regional dos educadores de Foz do Iguaçu, no último dia 18 de junho, e será defendida pelos educadores deste núcleo, na assembléia estadual da categoria, no próximo dia 25.
O Estado de Greve é o período que teremos para reorganizarmos a resistência dos educadores paranaenses e dar um aviso ao governo. O cenário é grave, tanto em nível estadual como federal. No Paraná, a dívida que o Governador Beto Richa tem com a educação já ultrapassa os 200 milhões em promoções e progressões atrasadas, muito maior do que a dívida que nos devia em 2015, quando fomos para a greve. Além de dever, não pagar, o governo não sinaliza proposta para o pagamento desta dívida que se arrasta a mais de um ano.
O governador Beto Richa nem mesmo dialoga com os representantes da categoria, e para piorar, tem aplicado um conjunto de ataques contra os educadores: não permitiu a reposição da paralisação do dia 29 de abril e tem lançado falta para os educadores (prejudicando assim, suas carreiras); o governo editou o decreto 4189/16, que na prática acaba com as promoções e progressões dos educadores, ou seja, acaba com a carreira.
Parte daquele projeto de lei, que derrotamos na greve do ano passado, quando ocupamos a ALEP, agora voltou em forma de decreto, sem ser discutido, sem ser votado, apenas DECRETADO! Uma medida autoritária e ilegal, que retira dos educadores os direitos de melhoria salarial a partir dos avanços nas carreiras. Além do mais, estamos em junho e o governo não se pronuncia sobre os itens de pauta da nossa campanha salarial 2016.
Para não citarmos apenas as questões que atacam diretamente os direitos dos educadores, (que não é pouca coisa!) precisamos resistir também contra o descaso e a precarização da escola pública, que vai desde o sucateamento da infraestrutura da maioria das escolas, que estão há anos sem reformas.
Sofremos ainda a falta de equipamentos, de funcionários para aturarem nos laboratórios e bibliotecas. A merenda escolar, que é um direito dos estudantes, além de atrasos constantes no envio