Manifestação pela reposiação salarial será nesta segunda, 27, às 10h. Caravanas de profissionais da saúde, policiais e educadores(as) de todas as regiões do estado irão participar.
A direção da APP-Sindicato/Foz convoca professores(as) e funcionários(as) da base para o Dia do Basta!, protesto unificados dos servidores(as) públicos(as) do Paraná pelo pagamento da data-base, nesta segunda-feira, 27, na Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu. A concentração será a partir das 10h, na área de acesso à ponte.
Caravanas de educadores(as), profissionais da saúde, policiais civis, penais e militares, técnicos de instituições do ensino superior e trabalhadores(as) de outros segmentos de todas as regiões do estado participarão da manifestação. O movimento é organizado pelo Fórum das Entidades Sindicais (FES) e pela União das Forças de Segurança (UFS).
O salário dos funcionários(as) públicos(as) estão congelados desde janeiro de 2016, há seis anos. A defasagem das remunerações chegou a 25,44% em maio de 2021, ao passo que a inflação dos últimos 12 meses alcançou perto de 10%, conforme estimativas oficiais, comprometendo o poder aquisitivo dos trabalhadores(as).
Segundo estudo econômico do FES, o calote na reposição imposto por Ratinho Junior implica perda de valor equivalente a quatro salários por ano a cada servidor paranaense. Os salários derretem ante o aumento dos preços da alimentação, aluguel, energia, água, combustível, gás de cozinha e outros serviços essenciais.
“Não podemos suportar mais essa situação, por isso é hora de dizer basta!”, assevera o presidente da APP-Sindicato/Foz, Diego Valdez. “Nossa categoria sofre há anos com uma sucessão de ataques, mas o congelamento dos salários está retirando poder aquisitivo e comprometendo o sustento familiar”, denunciou.
“É preciso lembrar que segmentos de agentes educacionais recebem os menores salários do funcionalismo do Paraná e são expostos a elevadas horas de trabalho”, apontou. “Em relação aos professores(as), o calote da data-base é agravado por outros direitos que foram suprimidos, como a hora-atividade, o que impôs ao educador(a) trabalho não remunerado”, completou Diego.
Tudo sobe, menos o salário
Nos últimos cinco anos, enquanto os salários dos servidores públicos do Paraná permaneceram os mesmos, a energia elétrica ficou 77% mais cara. Os preços de alimentos dispararam: aumento do arroz de 199%; da carne, de 72%; e da batata, 397%. O litro da gasolina, que em janeiro de 2016 custava R$ 3,76, hoje é vendido a quase R$ 7.
No mês passado, o governador Ratinho Junior recorreu aos deputados estaduais que formam a sua base de apoio na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) sem incluir reposição da inflação nos salários.
Dinheiro para o grande empresariado
Na mesma LDO, o governador fez aumentar em R$ 5 bilhões as isenções fiscais destinadas a grandes empresas e setores do agronegócio, elevando de R$ 12 bilhões para R$ 17 bilhões. De acordo com os servidores, o Governo do Paraná atua para favorecer os grandes grupos econômicos à custa dos trabalhadores que vivem de salário.
Dia do Basta. Reposição, já!
Protesto unificado dos servidores públicos do Paraná
Data: 27 de setembro (segunda-feira), às 10h
Concentração: área de acesso à Ponte da Amizade – Foz do Iguaçu