O Oeste é considerado “epicentro” da pandemia de covid-19 no interior do estado. Na macrorregião, que abrange a Cascavel e cidades próximas, houve aumento de 112% nas ocorrências da doença, entre 14 e 20 de junho, comparativamente com a semana anterior, conforme boletim epidemiológico estadual.
Há casos confirmados da infecção pelo novo coronavírus nas nove cidades da microrregião de abrangência do Núcleo Sindical, com maior gravidade em Foz do Iguaçu e Medianeira. Ocorre o comprometimento da capacidade de atendimentos em leitos de UTI e as prefeituras adotam medidas restritivas mais severas.
Educadores(as) são expostos ao novo coronavírus durante trabalho realizado nas escolas da rede estadual de Foz e região, prestando atendimento para a população. Estabelecimentos de ensino precisam suspender atividades às pressas como prevenção, ao constatar casos de covid-19 na comunidade que busca serviços na escola.
A gestão estadual nega-se a repassar parcela extra do fundo rotativo para a compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para trabalhadores(as) que fazem atendimento ao público. Na contramão das necessidades, o governo cortou o repasse do fundo para grande parte das escolas, em pleno momento de emergência em saúde.
Enquanto isso, o que faz o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Foz do Iguaçu, órgão que representa a SEED ? Lava as mãos. O núcleo nem sequer requerimento responde sobre questionamento do sindicato quanto às medidas de prevenção e orientação voltadas para a categoria.
Há dez dias, com a confirmação de que uma educadora em Foz do Iguaçu foi diagnosticada com a covid-19, a APP-Sindicato/Foz oficiou o NRE solicitando informações sobre qual é o protocolo de segurança adotado pelo órgão nesses casos.
O documento pedia se os(as) educadores(as) que tiveram contato com a colega obtiveram direito ao afastamento do trabalho para cumprir o isolamento recomendado pelas autoridades de saúde. O sindicato cobrou, ainda, se esses servidores(as) passaram por testes para detecção da covid-19.
Outra indagação feita pela APP-Sindicato/Foz à chefia do NRE: quais orientações de prevenção o órgão está repassando aos(às) educadores(as) em serviço nas escolas para evitar a covid-19?
Nenhum desses questionamentos foram respondidos pelo NRE de Foz do Iguaçu. A chefia do órgão limitou-se a dizer que a APP-Sindicato/Foz deve procurar Secretaria Estadual de Educação. O núcleo educacional encolhe-se em torno da própria negligência, enquanto o novo coronavírus avança na região.
Ratinho Junior (PSD) e Renato Feder, com o consentimento do NRE, são responsáveis pela exposição dos(as) educadores(as) à covid-19. O governo desrespeita as medidas sanitárias de distanciamento social ao impor o trabalho pedagógico presencial nas escolas, como entrega de materiais e uso de laboratório de informática para atender a “EaD”.
Três meses depois da pandemia, o Governo do Paraná ainda não criou protocolos sanitários para as escolas públicas. A APP denunciou mais essa negligência e reafirma a urgência dessa medida a fim de assegurar a saúde a proteção de educadores(as), estudantes e suas famílias.
A pandemia comprova o já sabido: a dupla Ratinho-Feder não respeita os(as) trabalhadores(as) da educação e nem se preocupa com a saúde da comunidade escolar. Em sua irresponsabilidade, o governo conta com o apoio, na forma de negligência ou omissão, de seus órgãos auxiliares nas cidades.