Trabalhadores/as em educação distribuíram informativos e conversaram com a população
Educadores/as da base da APP-Sindicato/Foz fizeram panfletagem em defesa da educação pública do Paraná neste sábado, 24. A mobilização aconteceu na Avenida Brasil, área que é o principal espaço comercial e de grande circulação de pessoas em Foz do Iguaçu. A atividade aconteceu simultaneamente em várias cidades paranaenses.
Com som, faixas e cartazes expostos na via pública, os servidores/as distribuíram informativos e conversaram com a população sobre as medidas dos governos Estadual e Federal que colocam em risco a qualidade do ensino e o direito dos alunos à educação gratuita. No ato, mães, pais e estudantes manifestaram apoio aos trabalhadores/as em educação.
Ao microfone, a presidenta da APP-Sindicato/Foz, Cátia Castro, denunciou as condições de trabalho e explicou que os adolescentes e jovens são os mais prejudicados pelos ataques do governo à educação. “Os estudantes, os filhos dos trabalhadores/as, têm o direito de frequentar uma boa escola e ter acesso a uma universidade de qualidade”, destacou.
Castro convidou a população a juntar-se ao educadores/as nos movimentos e ações a favor da escola pública e de qualidade. “Precisamos caminhar juntos, pois só assim conseguiremos resistir a todos esses ataques”, disse. “Recebemos um salário de fome e somos obrigados a trabalhar sem as mínimas condições. Ainda assim, o governador diz que temos privilégios”, ressaltou.
Trabalhador da construção civil, Jorge Ferreira recebeu panfletos e conversou com os educadores/as. Ele aprovou a ação da categoria em defesa da escola pública. “É lamentável que o professores/as precisem fazer movimentos para exigir que o governo trate a educação como prioridade”, disse. “Educação é um direito e precisa de investimentos”, completou.
Adoecimento, baixos salários
O secretário executivo de Saúde e Previdência da APP-Sindicato/Foz, Silvio Borges, esclareceu que professores/as, pedagogos/as e funcionários de escola estão adoecendo por conta das longas jornadas e do excesso de trabalho. Ele informou que os docentes com 40 horas semanais atendem cerca de 500 alunos em salas superlotadas e sem investimentos em melhorias pedagógicas e educativas.
“Com essa realidade, como é possível garantir ensino de qualidade? O governador Beto Richa ainda cortou a hora-atividade e reduziu o salário dos PSS”, apontou. “As funcionárias e funcionários de escolas também enfrentam duras condições. É a categoria com o menor salário no Estado, abaixo do mínimo regional. Por falta de concurso, esses servidores/as são submetidos a um volume de trabalho desumano”, denunciou.
Universidades em crise
A diretora da Adunioeste (Sindicato Docente da Unioeste), Ivanete Schumann, lembrou que o desmonte pretendido pelos governos tem como alvo todos os níveis de ensino. “As sete universidades públicas do Paraná estão sofrendo com a falta de contratação de professores e outros sérios problemas decorrentes dos ataques do governador Beto Richa contra a universidade pública”, explicou.
Educação pública sob risco
– “Reforma” do Ensino Médio;
– Ameaça de que 40% do Ensino Médio seja a distância;
– Redução do investimento na educação básica e superior;
– Falta de equipamentos e materiais didáticos;
– Fechamento de escolas, turmas e cursos;
– Salas de aula superlotadas;
– Não realização de concursos públicos;
– Falta de funcionários e professores nas escolas;
– Falta de técnicos e professores nas Universidades;
– Terceirização dos trabalhadores;
– Redução de salários;
– Sucateamento das Universidades Estaduais e Federais;
– Privatização do Ensino;
– Abandono escolar e evasão no Ensino Superior;
– Ataque às liberdades de Ensino e Pesquisa, etc.