Por imposição do governo, professora da escola precisou participar de capacitação presencial na sexta, 19. À noite, recebeu o resultado confirmando a doença.
Professora do Colégio Estadual Castelo Branco, em Foz do Iguaçu, é mais um caso confirmado de educador(a) com covid-19, no período de formação presencial nas escolas estaduais, uma imposição do Governo do Paraná mesmo com a pandemia fora de controle.
A professora precisou participar de formação pedagógica nos dias 11 e 12 de fevereiro, e de treinamento na quinta-feira e sexta-feira (18 e 19). Ela obteve o teste confirmando a doença na sexta à noite. Sem fechar, a direção manteve atividades na escola para a comunidade.
O colégio realizou reunião com pais e mães de alunos(as) do sexto ano sobre “encaminhamentos do ano letivo” na manhã de sábado, 20. Além disso, a partir desta segunda-feira, 22, a comunidade está sendo chamada ao estabelecimento de ensino para retirar atividades impressas para estudantes do 7°, 8° e 9° anos que não acessam aulas remotas.
Surto de covid-19 nas escolas de Foz e região
Conforme levantamento preliminar da APP-Sindicato/Foz, já são 10 colégios estaduais em Foz do Iguaçu e região com casos confirmados de educadores(as) com a covid-19, apenas durante a semana de formação presencial. Em outra instituição, uma profissional aguarda o resultado do teste.
Enquanto professores(as), funcionários(as), estudantes e suas famílias são expostos ao novo coronavírus, a Secretaria Estadual de Educação (Seed) e a chefia do Núcleo Regional de Educação (NRE) fogem da sua responsabilidade com a saúde da comunidade escolar.
Negligentes, as direções desses órgãos não dão qualquer resposta pública sobre o surto de covid-19 nos colégios de Foz e região e quais são as medidas e “protocolos” adotados. Seguem repetindo a cartilha do Governo Ratinho Junior de volta às aulas no momento em que os hospitais de todo o estado chegam ao limite da capacidade de atendimento.
O caos da formação presencial só confirma o que a categoria vem denunciando há muito tempo: não há condições para o retorno das aulas nas escolas. Por isso, dia 1º de março, professores(as) e funcionários(as) greve em defesa da vida, por tempo indeterminado.