Aulas presenciais na rede estadual em Foz do Iguaçu estão suspensas até 15 de março, por causa do agravamento da pandemia.
Representantes da APP-Sindicato/Foz, Edrielton Garcia e Leandro Bortoluzzi reuniram-se nessa terça-feira, 2, com a secretária de Saúde de Foz do Iguaçu, Rosa Maria Jerônymo. Foram discutidos pontos para a segurança de trabalhadores(as) da educação e protocolos sanitários que devem ser aplicados nos colégios estaduais.
Na reunião, os dirigentes sindicais ressaltaram o risco da exposição de educadores(as) à doença em eventual volta às aulas presenciais. Decreto municipal suspendeu por 15 dias a reabertura de estabelecimentos municipais e estaduais de ensino, que tinham aulas em sala previstas para começar no dia 1º de março.
“É importante frisar que em Foz do Iguaçu segue valendo o decreto que suspendeu as aulas presenciais por 15 dias”, reforçou Leandro Bortoluzzi. “Essa é uma informação para educadores(as) e também para alunos(as), mães e pais. Pedimos o apoio de todos(as) para protegermos a saúde da comunidade escolar”, enfatizou.
Na semana pedagógica, pelo menos 10 colégios de Foz e região registraram casos de educadores(as) infectados pelo novo coronavírus. Sem qualquer transparência e diálogo com a categoria, a chefia do Núcleo Regional de Educação (NRE) deu orientações diferentes às direções escolares e nenhum apoio aos(as) profissionais diagnosticados com covid-19.
Relato da reunião da APP-Sindicato/Foz e a secretária de Saúde de Foz:
1) Acompanhamento dos casos nas escolas estaduais
A secretaria não foi procurada pelo NRE para tratar do acompanhamento dos casos registrados nos colégios estaduais. A secretária de Saúde afirmou acreditar que medidas na rede escolar do Paraná já estariam solucionadas.
2) Informe de casos de covid-19 entre educadores(as) pelo NRE
O NRE não procurou a Secretaria Municipal de Saúde para relatar casos de covid-19 nos colégios e nem para tratar de procedimentos relacionados a essa pauta.
3) Critérios para fechamento das escolas com casos de covid-19
A secretária de Saúde ressaltou que quem define e, portanto, estabelece os critérios é a Vigilância Sanitária. As medidas a serem adotadas, nessas circunstâncias, são as seguintes:
– afastamento de servidor(a) positivado(a) e comunicação daqueles que tiveram contato com o profissional diagnosticado com covid-19; e
– em caso de incidência de contaminação em três ou mais pessoas contaminadas que tiveram contato com o primeiro infectado pelo novo coronavírus, recomenda-se a classificação como surto e a interdição do local para descontaminação.