Em meio ao caos na saúde pública, Renato Feder é desmentido e retorno às escolas fica suspenso mais uma vez.
Depois de assistir ao colapso da saúde pública, agravado semana após semana, dia a dia, o Governo do Paraná decidiu adotar medidas para tentar frear a pandemia de covid-19, que está fora de controle. Medidas que ampliam o toque de recolher e suspendem atividades essenciais foram adotadas nessa quinta-feira, 26.
O governo também determinou, finalmente, novo adiamento do início das aulas presenciais na rede estadual de educação, como vinha sendo defendido pelos(as) educadores(as). Essa decisão, guiada pela área de saúde, desmente o secretário-empresário Renato Feder, que nessa quinta-feira, 25, ainda “bancava” o retorno às escolas na próxima segunda-feira, dia 1º de março.
Ratinho Junior e Renato Feder preferiram ignorar o sofrimento da população do Paraná, principalmente da parcela mais vulnerável, vendendo a ilusão de que o ambiente escolar estava seguro para a volta às aulas. A dupla também impôs a formação presencial, expondo professores(as) e funcionários(as) à covid-19, com surtos da doença em dezenas de colégios durante o curto período de uma semana.
Na TV, patético e desonesto, Renato Feder comparou as condições dos colégios estaduais do Paraná, que não recebem investimento adequado do governo estadual, às escolas da Finlândia. Disse ser “o momento de retornar às aulas [presenciais] para [o bem] a saúde dos jovens.”
Há dois dias, o mimado Ratinho Junior, que prefere a truculência ao diálogo, afirmou que o “O Paraná tem números bons comparados aos outros estados”. Ontem, o discurso mudou: “É o pior momento da pandemia neste um ano de enfrentamento da doença”, disse. Hoje, anunciou, tardiamente, medidas de restrição.
Adiamento das aulas presenciais
O Governo do Paraná adiou a volta às aulas presencias por oito dias. Entretanto, muitos municípios paranenses estão instituindo decretos com suas próprias medidas de controle da pandemia. É o caso de Foz do Iguaçu, que determinou a suspensão do retorno às escolas municipais e estaduais por 15 dias.