Por decisão unânime, educadores(as) participarão da construção da greve nacional para barrar a reforma da Previdência.
O pagamento da data-base dos(as) educadores(as) e a luta contra a aprovação da reforma da Previdência são as pautas prioritárias aprovadas na Assembleia Estadual da APP, sábado, 23. O indicativo para nova assembleia da categoria ficou para o início do mês de junho.
Trabalhadores(as) da educação da rede pública do Paraná estão há três anos sem receber a reposição das perdas com a inflação, a data-base. Esse benefício é assegurado em lei a todas as categorias profissionais, dos setores público e privado.
As perdas da categoria com o congelamento ilegal dos salários desde 2017 somam 16%. A falta de reajuste do Piso Salarial Nacional desde 2015 acarreta prejuízo aos(às) educadores(as) de 29,04%. Enquanto isso, houve redução dos salários dos PSS e aumento da jornada com a redução da hora-atividade e imposição da hora-relógio.
A congelamento da remuneração dos(as) servidores(as) paranaenses começou com então governador Beto Richa (PSDB), foi mantido por Cida Borghetti (PP) que o substituiu na gestão e permanece em 2019 com Ratinho Junior (PSD).
Clique para acessar a pauta da Campanha Salarial 2019
Defesa da aposentadoria
Com a avaliação de que a proposta de mudança na Previdência de Jair Bolsonaro (PSL) não é reforma e sim ataque ao direito à aposentadoria, os(as) educadores(as) do Paraná aprovaram a mobilização da categoria contra a aprovação do projeto. A medida tramita no Congresso Nacional.
De forma unânime, a categoria aprovou a participação na construção da greve nacional para barrar a aprovação da reforma da Previdência.
Os(as) educadores(as) também vão integrar todos os atos convocados por centrais sindicais e movimentos sociais. Conversas, vigílias e pressões a deputados e senadores, mobilização nas redes sociais e amplo debate com a comunidade escolar e a população fazem parte do enfrentamento à reforma da Previdência.
Agenda de mobilização dos(as) educadores(as) do Paraná:
Participar da greve nacional convocada pela CUT e CNTE.
Dia 29 de abril – paralisação contra a reforma da Previdência, pela data-base, jornada de trabalho e pauta da campanha salarial (a data será alterada caso a CUT ou CNTE convoquem greve para a semana do dia 22 a 26 de abril).
29 e 30 de março – Reunião com deputados federais da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Até o dia 14 de abril – Reunião com demais deputados(as) federais e senadores.
Organizar vigílias nos locais de moradia ou escritório político dos(as) deputados(as) favoráveis à reforma.
Organizar, juntamente com demais trabalhadores(as), o calendário de lutas proposto pelas CUT e CNTE.
Intensificar junto as escolas a pressão nas redes sociais dos(as) deputados(as) e senadores(as) (site desenvolvido pela CUT como instrumento de Pressão: http://reajaagora.org.br/).
Fixar faixas na sede estadual e dos Núcleos Sindicais, bem como nas casas e colônias, contra a reforma da Previdência.
Organizar panfletagens e/ou bancas permanentes em lugares de grande circulação para dialogar com a população.
Dispor de material de comunicação e divulgação, como bottons, panfletos, camisetas e materiais virtuais para as redes sociais.
Até 22 de abril – realização das Assembleias Regionais Ordinárias.
Unificar o dia 13 de abril com atos públicos regionais. Contra a reforma da previdência e campanha salarial 2019 e em preparação a paralisação estadual.
Caravana da Educação, durante o mês de abril, convocando para a paralisação estadual e apresentando a pauta da campanha salarial.
Audiência Pública na Assembleia Legislativa sobre a jornada de trabalho.
Coletivos Regionais de Pedagogas(as).
De 22 a 26 de abril – Participação a 20ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública (CNTE).
Durante o mês de abril – recepção ao governador do Estado. (Entregar documento ao governador exigindo a data-base e a jornada de trabalho).
Dia 26 de Abril – 72 anos da APP-Sindicato: realizar ações ressaltando a importância do Sindicato como representação e defesa da categoria e da classe trabalhadora.
1º de Maio – Participar das atividades e mobilizações nas regiões.
Outras ações
– Manifesto contrário ao Programa Escola Segura.
– Moção de repúdio à fala do Pres. Jair Bolsonaro contra os(as) estudantes do Bolsa Família.
– Deliberação para que APP deixe de representar os trabalhadores e trabalhadoras de educação da rede municipal de Reserva do Iguaçu, diante da criação de uma outra entidade de representação da categoria.
– Composição do Conselho de Alimentação escolar (Assumem: Valdivino de Moraes e professora Rose Mary).
– Recomposição da direção estadual com a professora Ana Carolina Dartora, que assume a vaga e dará continuidade ao trabalho da professora Lirani Franco.
– Indicativo de assembleia para o início de junho.