Não sois máquina! Homens é que sois!
(Charles Chaplin)
A APP-Sindicato/Foz reitera apoio e solidariedade aos entregadores por aplicativo que realizam paralisação nacional nesta quarta-feira, 1º, nas cidades brasileiras. É um acontecimento histórico e carregado de significado por ser a primeira greve desses trabalhadores no país.
Com o “breque”, entregadores por app soltam o grito contra a exploração a que são submetidos, exigem melhores remunerações e jornadas laborais mais humanas. Também denunciam as condições precárias de trabalho que os expõem a acidentes e ao risco de infecção pelo novo coronavírus.
São trabalhadores, como muitas outras categorias profissionais, sem direito ao distanciamento social para prevenção à covid-19. Essenciais durante a pandemia, contribuindo para manter população suprida de alimentos, remédios e outras demandas, entregadores por aplicativo e suas famílias são extremamente vulneráveis ao novo coronavírus.
No trabalho dia e noite, por longas jornadas e sem direitos mínimos assegurados, esse trabalhador chega a receber taxas de corridas de R$ 0,53 por quilômetro. É um valor irrisório, indigno! Enquanto isso, grandes empresas nacionais e internacionais, como iFood, Rappi e Uber Eats expandem seus negócios e lucram.
A greve dos entregadores por aplicativo é um grito contra o capitalismo que está em crise estrutural e tanto mais excludente. Tecnologias devem servir para elevar as condições de vida das pessoas, não para maximizar os lucros do capital.
Se o trabalho humaniza mulheres e homens, os entregadores por aplicativo em greve elevam a condição humana. Com sua rebeldia, defendem a vida acima do lucro e seguem o caminho da luta como sujeitos de suas próprias histórias. Lutar, pois, é necessário para fazer frente ao capitalismo que tenta converter trabalhadores em máquina.
Panfleto com as reivindicações dos entregadores por aplicativo: