Avaliação das lutas e definição da posição do Núcleo Sindical na assembleia estadual fazem parte da pauta.
A direção da APP-Sindicato/Foz convoca representantes de escolas e de municípios da base para reunião do Conselho Regional, nesta quinta-feira, 21, às 18h, pelo Meet. Na pauta, a posição do Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu e região na assembleia estadual.
O link para a sala on-line do Conselho Regional será enviado para os grupos de representantes, na data da reunião.
O encontro avaliará o atual quadro de ataques do Governo Ratinho Junior contra a educação e as respostas a esses golpes, o que inclui a análise da condução política feita pela direção estadual. Os rumos da luta, pela ótica dos educadores(as) da base, também serão discutidos.
Desde que assumiu o governo e nomeou o empresário-secretário Renato Feder, Ratinho Junior aprofunda o desmonte do sistema público de educação, construído historicamente com a participação dos(as) trabalhadores(as) das escolas. Exemplo mais claro disso é a militarização de escolas, supressão de estabelecimentos da rede para o mando do quartel.
Em novo calote contra os(as) servidores(as) públicos(as), o governador do PSD e aliado de Jair Bolsonaro nega-se a pagar até mesmo a data-base, que é a reposição da inflação, programada para este mês janeiro. Esse compromisso, se é que essa palavra existe para Ratinho Junior, foi assumido por ele para o fim da última greve.
Não é muito, é quase nada: 1,5%. Esse percentual compõe o parcelamento da data-base do período entre 2018 e 2019. Nos mercados, farmácias e serviços os preços disparam, enquanto que o(a) educador(a) paranaense vê seu salário ser achatado e o seu poder de compra despencar.
Ratinho Junior cortou a carga horária das aulas de Artes, Filosofia e Sociologia para pôr no lugar a famigerada Educação Financeira, um aceno a empresários e ao mercado. Estudantes não terão acesso a conteúdos que estimulam uma visão crítica da sociedade, promovem as artes e a diversidade cultural.
Professores(as) serão obrigado a assumir até 30 turmas de alunos(as) para dar conta de seus padrões. Já os(as) educadores(as) PSSs serão novamente penalizados com o desemprego.
Cruel e desumano, Ratinho Junior manteve a prova para PSS em plena pandemia. Milhares de profissionais do grupo de risco, em tratamento ou com sintomas de covid-19 não puderam fazer o teste, que nunca havia sido aplicado. O número de vagas – 4 mil para todo o estado – também condena pelo menos 30 mil PSSs ao desemprego.
Motivos não faltam para lutar. A direção da APP-Sindicato/Foz convoca professores(as) e funcionários(as) de Foz do Iguaçu e região a fortalecer a organização. A luta da categoria não pode ser somente para constatar direitos perdidos. É preciso união e mobilização pela base na defesa dos(as) educadores(as) e da escola pública.
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