Prefeitura diz que responsabilidade é do estado. Já o Governo do Paraná atribui o problema à administração municipal.
Estudantes da rede estadual de educação em Foz do Iguaçu não contarão mais com transporte escolar. Para chegar a suas instituições de ensino, que ficam longe do local de moradia, alunos(as) precisarão utilizar ônibus do transporte coletivo urbano.
Pais e mães reclamam da medida, conforme matéria do jornal Meio-dia Paraná, da RPC, desta quinta-feira, 9. Ao noticiário, a comunidade reclamou da burocracia para conseguir a gratuidade do serviço – direito dos(as) alunos(as) – e mostrou-se preocupada com as segurança dos estudantes e com a precariedade do transporte público iguaçuense.
Em nota que foi lida pela reportagem, a Prefeitura de Foz do Iguaçu disse que a responsabilidade pelo transporte escolar é do estado, e que fez a adequação depois de “estudos técnicos”. O Governo do Paraná, por meio do Fundepar, informou que repassa os recursos necessários para o transporte escolar, e que cabe ao município escolher a forma de realizar esse serviço. Chico Brasileiro e Ratinho Junior, prefeito e governador, são aliados políticos e integram o mesmo partido, o PSD.
Pais e mães relatam uma imensa burocracia para obter o cartão para o acesso ao transporte público. Primeiro, precisam retirar a declaração de matrícula na escola e levá-la ao Núcleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu (NRE). Depois disso, o órgão faz uma análise e emite ofício ao Cartão Único, empresa responsável pela gestão do cartão eletrônico utilizado nos ônibus iguaçuenses.
O ofício do NRE, então, deve ser entregue no setor de protocolo da Prefeitura de Foz. Para retirar esse documento junto ao NRE, pais e mães devem seguir um cronograma de datas dividido por escolas.
Além da dificuldade de acesso ao cartão para o transporte escolar, a segurança dos(as) estudantes é outro problema que preocupa muito os pais e mães, já que seus(as) filhos(as) não mais desembarcarão dos ônibus em frente às escolas. Em muitos casos, adolescentes e até crianças (das séries iniciais) deverão percorrer por ruas e avenidas sem o acompanhamento de adulto ou pessoa responsável.
A superlotação dos ônibus do transporte coletivo, os horários e itinerários também são questões apontadas por pais e mães como problemas para o deslocamento de seus filhos estudantes, da casa até a escola.