30 de agosto: “Não vou parar porque…”
Nestas últimas semanas, a direção da APP/Sindicato/Foz tem percorrido as escolas para dialogar com os educadores e educadoras sobre a difícil conjuntura nacional e estadual e os constantes ataques dos governos contra os trabalhadores e trabalhadoras. Destes diálogos, surgiram muitas dúvidas e argumentos sobre paralisar ou não no 30 de agosto e sobre a possibilidade de uma greve. Assim, com o intuito de tirar essas dúvidas e de propor a reflexão, compilamos aqui as principais questões levantadas durante as visitas e as respectivas respostas.
1. “Não vou parar no 30 de agosto porque a sociedade não entende a luta e acha que somos folgados e ganhamos bem!”
Há 28 anos, paralisamos nesta data e a utilizamos para debater, dialogar e esclarecer a população sobre a necessidade de lutarmos por melhores condições de trabalho, e, consequentemente, por uma escola pública de qualidade. Ou seja, nossa luta não é isolada, ela afeta diretamente a população. Se mesmo usando a data para essa conscientização da comunidade, ainda há este questionamento, devemos esclarecer sobre a realidade da educação. Também precisamos comparar o salário de um professor (a) – de quem é exigido ter nível superior ou mais de escolarização – com o de um trabalhador (a) que não tem essa formação, para demonstrar que o salário da categoria não é o suficiente e justo. Portanto, não devemos ter vergonha de debater sobre isso.
2. “Não vou parar, porque se eu parar e o governo lançar a falta eu não avanço na carreira.”
Nossa carreira já está sendo prejudicada e poderá ser destruída com as propostas do governo federal de mudanças na legislação (PL 257 e PEC 241). O governador Beto Richa não cumpre com os acordos da última greve! As promoções e progressões estão atrasadas e ele ameaça não pagá-las. Sem contar que também não cumpre com o piso salarial, ameaça não pagar data base, diminui todo ano as licenças especiais e não garante oferta do PDE. O que mais temos a perder?
3. “Não vou parar porque o sindicato não pode discutir política. Além disso o sindicato precisa parar com as pressões contra o governo porque daí ele vai negociar com a gente!”
O governos fechou os canais de negociação com os sindicatos e por isso fizemos uma greve em 2014 e outra em 2015, para tentar conseguir atendimento da pauta e manutenção de direitos. Além disso, o Governo Richa assumiu publicamente que aguarda a aprovação da PL 257 e PEC 241 para tentar