Paralisação será deflagrada com protesto na frente do NRE/Foz, nesta segunda, às 9h; educadores(as) reforçam mobilização estadual na capital com ônibus da região.
Enquanto Ratinho Junior (PSD) usa campanhas publicitárias para vender ilusões aos paranaenses, educadores(as) da rede estadual vão à greve contra a venda da escola pública para empresas. A paralisação será deflagrada nesta segunda-feira, 3, às 9h, com ato público em Foz do Iguaçu, na frente do Núcleo Regional de Educação(NRE). Em seguida, a categoria seguirá para o acampamento na Praça da Paz.
Além disso, educadores(as) das nove cidades da região reforçarão o ato estadual em Curitiba–PR. Os ônibus sairão domingo, 2, às 21h, da loja Santi Móveis, no centro de Foz do Iguaçu, percorrendo os demais municípios.
Sob o eufemismo de “Parceiros da Escola”, o projeto do governo, que está tramitando na Assembleia Legislativa do Paraná, é a privatização do ensino público, convertendo recursos do erário para empresários. Para alunos(as), significa exclusão e piora da qualidade do ensino; aos(às) educadores(as), o projeto representa salários mais baixos, destruição da carreira e abertura do caminho para a “pejotização”.
Também é o fim do modelo de gestão democrática, uma conquista histórica da sociedade, enfatiza o presidente da APP-Sindicato/Foz, Ari Jarczewski. “As decisões não passarão mais pelas instâncias participativas, excluindo a comunidade escolar, ou seja, deixando de fora educadores(as), pais, mães e os(às) próprios(as) estudantes”, pontua.
O dirigente adverte para outro fato grave. “Não devemos nos fixar em 200 escolas divulgadas pelo governo. Esse projeto autoritário e inconstitucional é o início da privatização sem limites. Lembremos do acúmulo de ataques de Ratinho Junior, que começam e não param, a exemplo da imposição de diretores, profissionais que agora são excluídos”, contextualiza Ari.
Projeto reprovado
Proposta semelhante ao “Parceiros da Escola” já foi cabalmente reprovado em 2022, que previa a privatização de 29 escolas no Paraná. Na ocasião, o governador tentou empurrá-lo com diversas irregularidades, pressão, assédio e abuso de poder econômico, único setor que beneficia com a canalização de dinheiro público para gestão privada.
“Das escolas selecionadas, apenas duas aceitaram o modelo. Após a implementação, Ratinho Junior entregou cerca de R$ 200 milhões anuais às empresas”, rememora Ari. “E surgiram reclamações da comunidade, principalmente pela falta de investimento na infraestrutura, que era o argumento central do governo para a privatização”, denuncia.
Mobilização em todo o Paraná
Educadores de todo o estado estão a Curitiba, para o ato estadual, nesta segunda-feira, 3, a partir das 8h, na Praça Andrade Santos, no centro. Toda participação é importante para demonstrar força e, a exemplo de lutas históricas recentes, fazer valer com união a defesa da educação pública.
Não venda minha escola! – Foz
Data: 3 de junho (segunda-feira), às 9h
Local: NRE/Foz (Quintino Bocaiúva, 429, centro)
Horário: 9h
Acampamento da greve: Praça da Paz, a partir do ato público
