A imposição de plataformas digitais na educação pública pelo governo de Ratinho Junior (PSD), foi um dos principais temas debatidos durante o Seminário Pedagógico, nessa sexta-feira, 13, em Curitiba. Terceirizações, ferramentas empresariais (BI) e “professor(a) diamante” também integraram os debates.
Educadores de todas as regiões do Paraná debateram e apresentaram depoimentos sobre a realidade que vivenciam no chão da escola, e os reflexos do mal da “plataformização” na comunidade escolar. O problema não é a aplicação da tecnologia, mas seu uso em um projeto político para a vigilância e a punição, reforçaram os participantes do encontro.
Representaram Foz do Iguaçu a presidente da APP-Sindicato/Foz, Janete Batista, e a secretária de Finanças do Núcleo Sindical, Janete Rauber. Elas levaram ao debate o acúmulo de diálogos recolhidos durante as visitas à categoria nas escolas de Foz do Iguaçu e região.
“Escolas são expostas publicamente por não atingirem metas absurdas e fora da realidade pela falta de condições e investimentos”, reforçou Janete. “Para Renato Feder, a ferramenta é mais importante do que o processo ensino-aprendizagem e está acima das pessoas, professores(as) e alunos(as), que são os agentes da troca de conhecimentos, uma atividade essencialmente humana”, completou a presidente da APP-Sindicato/Foz.
O seminário aprovou um documento entregue pelos dirigentes sindicais e representantes da base ao diretor educacional da SEED, Roni Vieira. Na ocasião, educadores(as) denunciaram, novamente, problemas como falta pessoal e de estrutura, salas superlotadas e assédio velado pelas tutorias regionais nas escolas.
Para os(as) educadores(as), o representante da SEED se comprometeu em avaliar essas questões e dar uma resposta para a categoria. Esse assunto é recorrente na pauta do sindicato, que cobra providências do governo.