Entidades sindicais da Argentina, Brasil e Paraguai promovem seminário no sábado, 30, e manifestação na Praça da Paz no domingo, 1º de maio.
Organizações sindicais e sociais da Argentina, Brasil e Paraguai realizam ato internacional em Foz do Iguaçu no Dia Internacional do Trabalhador(a). A programação conta com seminário no sábado, 30, e manifestação na Praça da Paz, a partir das 10h, no domingo, 1º de maio.
A mobilização na fronteira é organizada por centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT). O movimento classista brasileiro denuncia o agravamento da crise social no país, o desmonte do sistema de proteção trabalhista e as altas taxas de desemprego.
No primeiro trimestre deste ano, a informalidade alcançou 40,4% da população ocupada, de acordo com o IBGE. Nas cidades de todo o país, brasileiros e brasileiras são empurrados à informalidade, precisando ganhar o sustento em atividades e “bicos” sem qualquer garantia social.
Em Foz do Iguaçu, sindicatos e entidades populares mobilizam suas bases e debatem com a população a importância de uma mobilização classista e de caráter internacional no Dia do Trabalhador(a). A data não é de comemoração, mas de organização e reivindicação, conscientizam.
“Ganhar as ruas neste momento para reivindicar direitos e melhores condições de vida é uma questão de sobrevivência”, sintetiza a presidenta da APP-Sindicato/Foz, Janete Batista. “Assim como nós, trabalhadores(as) da educação, toda a sociedade está sofrendo com o retrocesso no país”, frisa.
Os preços de produtos essenciais, como alimentos, combustíveis e remédios, não param de subir, diz a dirigente sindical. “Por isso, convidamos toda a população, em especial trabalhadoras e trabalhadores, para juntos demonstrarmos a nossa insatisfação e que o país pode ser melhor”, conclui Janete.
O presidente do Sindicato dos Eletricitários (Sinefi), Paulo Henrique Zuchoski, afirma que o 1º de maio será um dos mais relevantes nos últimos anos para os trabalhadores(as). Ele denuncia os efeitos de reformas que pioraram as condições de vida da população.
“São grandes os prejuízos causados pelas reformas trabalhista, de Temer, e previdenciária, feita por Jair Bolsonaro. Elas estão custando a saúde e vidas de trabalhadores(as), os quais arcam com a voracidade do mercado”, expõe. “E tudo deverá piorar com a privatização de empresas estratégicas, como Petrobras e Eletrobras”, avalia.
Seminário internacional
O seminário internacional sobre a situação da classe trabalhadora na América Latina terá representação de três centrais sindicais do Brasil, três da Argentina e quatro do Paraguai. A participação é mediante inscrição prévia.
O evento, que acontecerá no dia 30, às 14h, na Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, oferecerá certificação de horas complementares. O link para inscrição é: https://forms.gle/ECRzmta6X9WffHb27.
Ato na praça
No domingo, 1º, o ato público do Dia Internacional do Trabalhador será organizado pela CUT do Paraná, sindicatos e movimentos sociais e populares. Contará com integrantes da Confederación Sindical de Trabajadoress de las Américas (CSA), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores e Força Sindical.