O presidente da APP-Sindicato/Foz reflete sobre a capacidade de luta da categoria.
O dia 30 de agosto é uma data histórica para nossa categoria, não apenas pela memória da repressão em 1988, mas principalmente porque sempre nos faz lembrar da nossa capacidade e força que temos quando lutamos coletivamente.
Hoje, em 2021, sequer paralisamos. Mesmo diante de uma conjuntura tão grave, de ataques incessantes e cada vez mais fortes, simplesmente assistimos à data sem usá-la para dizer: “Basta! Chega de violência, descaso e ataques à educação!”.
Isso é um erro tático gravíssimo. Joga mais uma pá de terra na cova da nossa coletividade, da memória da nossa história e luta e na nossa capacidade de nos indignarmos. Esse recuo só ajuda o estado que nos ataca e violenta dia a dia nas escolas.
Acredito que poderemos, futuramente, voltar à coletividade na luta, mas o preço pago será altíssimo, e essa conta recairá sobre aqueles(as) que nos oprimem, servem de “leões de chácara” e dos pelegos que têm outras prioridades, mas também dos que se acovardam, se resignam e permitem que isso aconteça.
Continuo, como tantos outros(as) companheiros(as), lutando hoje para que nossa história não seja apagada, nossas lutas não sejam em vão e para que tenhamos a chance de um amanhã.
Que a vergonha dos(as) covardes, o combate aos pelegos e o ódio aos inimigos sejam nosso combustível nesses dias, já que todos os dias são novos 30 de agosto.
Diego Valdez é funcionário de escola em Foz do Iguaçu, presidente da APP-Sindicato/Foz.