Com problemas cardíacos, educador pediu afastamento do trabalho antes de ser infectado pelo novo coronavírus.
O desprezo pela vida de educadores(as) paranaenses demonstrado pelo governador Ratinho Junior (PSD) e o secretário-empresário Renato Feder fica nítido com pressão que eles exercem para a volta à aulas presenciais no pior momento da pandemia. Infelizmente, o descaso não para por aí.
Um funcionário de escola de Foz do Iguaçu com comorbidades teve pedido de afastamento do trabalho negado pela Perícia Médica do estado. Permanecendo na função, o educador, que é surdo, foi contaminado pelo novo coronavírus, apresentou sintomas graves, precisou ser entubado e está internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
O agente educacional relatou ao órgão do Governo do Paraná que sofria de problemas cardíacos, tendo até realizado cirurgia no coração. Conforme as autoridades em saúde, pessoas com doenças associadas, quando têm covid-19, possuem mais chances de ter o quadro clínico agravado e maior risco de morte.
“O funcionário chegou para trabalhar, mas não estava bem. Eu o dispensei e ele foi fazer o exame para detectar covid-19, que deu positivo”, relatou a diretora da escola estadual. Depois disso, o estado de saúde do servidor público foi piorando rapidamente. Seus rins pararam de funcionar e ele foi submetido à hemodiálise.
A APP-Sindicato/Foz acionou a assessoria jurídica para acompanhar a situação do educador. Durante toda a pandemia, o sindicato alerta que a realização de atividades presenciais nas escolas é uma exposição de professores(a), funcionários(as), estudantes e suas famílias à covid-19 que poderia ser evitada.