Dez colégios de Foz e região registram casos de covid-19 em educadores(as)

Ocorrências foram durante formação presencial, de participação obrigatória a professores(as) e funcionários(as) da rede estadual.

Conforme levantamento preliminar, pelo menos dez colégios estaduais em Foz do Iguaçu e região tiveram incidências de covid-19 durante formação presencial, realizada nas escolas entre 11 e 19 de fevereiro. Outra instituição de ensino ainda aguarda o resultado de exame feito por profissional que apresentou sintomas da doença.

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As ocorrências foram em sete estabelecimentos de ensino de Foz do Iguaçu e em três nas cidades de São Miguel do Iguaçu, Medianeira e Matelândia, que fazem parte da base territorial da APP-Sindicato/Foz. A entidade realizou o relatório conforme as informações encaminhadas pelos(as) educadores(as) de cada instituição.

A maior parte dessas escolas precisou ser fechada, com os(as) educadores(as) concluíndo a semana de formação pedagógica e de capacitação de forma on-line. Em um estabelecimento, a direção manteve reunião presencial com pais e mães de estudantes e entrega de material impresso, mesmo depois da confirmação de caso de covid-19 no estabelecimento de ensino.

“As ocorrências de covid-19 entre professores(as) e funcionários(as) durante a semana de formação só reforça o que estamos alertando há muito tempo: não existe a menor condição de retorno às aulas presenciais”, enfatiza o diretor da APP-Sindicato/Foz, Silvio Borges. “O que nos preocupou ainda mais foi a absoluta falta de resposta dos órgãos educacionais”, completa.

Conforme o dirigente sindical, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) e o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Foz do Iguaçu estão sendo omissos e não explicam efetivamente à comunidade escolar os protocolos e medidas adotados. “Colégios fecharam por dois dias, outro suspendeu as atividades por uma semana, e alguns permaneceram funcionando”, denuncia.

Silvio Borges: “Os governos não têm o direito de expor a vida das pessoas com a volta às aulas presenciais” – Foto: Marcos Labanca

“A semana de formação, que nem estudante tinha, só confirmou o caos que poderá tomar conta das escolas e dos serviços de saúde caso o Governo do Paraná insista na volta às aulas presenciais”, expõe Silvio. “A pandemia segue fora de controle, a covid-19 está mais grave com suas variantes, e os hospitais estão à beira do colapso. Os governantes não têm o direito de expor a vida das pessoas”, enfatiza.

Greve começa dia 1º de março

Professores e funcionários iniciarão greve por tempo indeterminado no próximo dia 1º de março, caso a gestão estadual decida manter o retorno das aulas presenciais. O movimento foi aprovado em assembleia estadual da categoria. As atividades remotas, com aulas on-line, serão mantidas pela categoria.

Os casos de covid-19 em professores e funcionários foram registrados nos seguintes colégios estaduais:

– Ayrton Senna da Silva 

– Belo Horizonte – Medianeira

– Carlos Drummond de Andrade

– Castelo Branco – Foz do Iguaçu

– Castelo Branco – São Miguel do Iguaçu

– Dom Pedro II

– Euclides da Cunha – Matelândia

– Jorge Schimmelpfeng

– Mariano Camilo Paganoto

– Pioneiros