Pela vida e por direitos, a paralisação terá início no dia 18 de fevereiro, por tempo indeterminado.
A APP-Sindicato/Foz está realizando encontros regionais, por escolas e municípios, para organizar a greve de professores(as) e funcionários(as) a partir do próximo dia 18. O objetivo é envolver a categoria na preparação do movimento e debater as pautas e formas de mobilização.
A paralisação será por tempo indeterminado. Os(as) educadores(as) são contrários à volta às aulas presenciais sem haver condições de segurança e proteção sanitária a profissionais, adolescentes e jovens que estudam na rede estadual de ensino. O movimento foi aprovado em assembleia da categoria.
Para a participação nos encontros, foram agrupadas escolas por áreas da cidade de Foz do Iguaçu. Na região, o critério foi o da proximidade dos municípios. As reuniões regionalizadas promovem a aproximação entre o comando de greve, a direção sindical e os educadores(as), bem como facilita o fluxo de informações.
A greve foi a opção escolhida pelos educadores(as) para exigir do Governo do Paraná diálogo e atendimento à pauta trabalhista e educacional. A categoria exige a reposição das perdas salariais, pagamento de promoções e fim da política de desemprego de trabalhadores(as) temporários(as) (PSSs) e funcionários(as) de escolas(as), por causa da terceirização.
“O governo recuou e adiou o início das aulas presenciais que estavam marcadas para o dia 18 de fevereiro”, frisa o presidente da APP-Sindicato/Foz, Diego Valdez. “Isso mostra o planejamento equivocado e a falta de segurança em torno de uma decisão que põe vidas em risco. Para a categoria, isso não muda nada, a greve está em construção”, enfatiza.
Ensino remoto não garantiu aprendizagem
A decisão coletiva pela paralisação, explica o dirigente sindical, prevê a suspensão das atividades presenciais e remotas. “O governo manteve o início do ano letivo para rever conteúdos do ano passado. Ou seja, reconhece que o ensino remoto que ele impôs não garantiu a aprendizagem aos estudantes”, destaca.
“Em vez de promover o diálogo com todos os segmentos envolvidos na educação pública, para a tomada de decisões seguras, a gestão estadual prefere dar seguimento a um sistema ineficiente de ensino”, reflete Diego. “E o próprio governo promove a aglomeração de pessoas, já que as escolas serão abertas para a comunidade escolar”, denuncia.
Militarização e cortes de aulas e turmas
A greve dos educadores(as) ainda pauta a revogação da medida do Governo do Paraná que cortou aulas de Artes, Filosofia e Sociologia, e questiona a militarização de escolas com fechamento de turmas à noite, prejudicando principalmente estudantes de regiões populares. A redução de turmas da educação de jovens e adultos também é um item da paralisação.