Quem luta diariamente para comprar o alimento sabe quanto estão custando esses produtos. Não parece ser o caso do governador Ratinho Junior (PSD), que destinará auxílio de seomente R$ 50 para a população vulnerável. O projeto foi aprovado em primeira discussão na ALEP.
Conforme a comunicação oficial do governo, o valor “destina-se exclusivamente para a compra de produtos alimentícios” da cesta básica, pelo prazo de três meses. Esse período, conforme a gestão estadual, poderá ser prorrogado.
Os recursos deverão sair do Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza. O Governo do Paraná anunciou o projeto como sendo parte das ações para enfrentar a pandemia de covid-19 e seus reflexos.
Na proposta enviada ao Legislativo, Ratinho Junior reconhece a fragilidade do mercado de trabalho no estado do qual é governador. Expõe a Agência Estadual de Notícias:
“No texto do projeto de lei, o governador destaca que grande parte da população economicamente ativa do Estado atua no setor informal, que é constituído, por exemplo, por trabalhadores domésticos, babás, carrinheiros, vendedores ambulantes, autônomos de serviços gerais, ou por microempreendedores de baixa renda e sem acesso à aposentadoria ou licença médica”, diz a agência governamental.
Ratinho Junior faz a opção preferencial pelos ricos. O governador pratica, sem moderação, festival de isenção fiscal para grandes empresas, indústrias e agronegócio. Essas “bondades” privadas com dinheiro público deverão atingir R$ 50 bilhões até o final do mandato de Ratinho, em 2022.
Nesse valor bilionário, estimado por economistas de sindicatos paranaenses, não estão incluídos os benefícios a empresários decorrentes de medidas para tentar atenuar os efeitos da covid-19 na economia do estado.