SEED determinou a redução de turmas, deixando alunos sem poder estudar e turmas superlotadas.
Historicamente, o curso de Formação de Docentes do Colégio Barão do Rio Branco, em Foz do Iguaçu, oferece de 4 a 5 turmas a cada ano letivo. Em 2020, são apenas duas para primeiros anos, por determinação do Governo Ratinho Junior. As salas, obviamente, estão superlotadas. Pela lista de candidatos, há demanda para pelo menos quatro turmas de futuros(as) professores(as).
Denúncia da APP-Sindicato/Foz, pais e mães de alunos(as) que estão sem vaga, o ataque contra o curso repercutiu na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu. Por unanimidade, os vereadores aprovaram nessa terça-feira, 11, requerimento endereçado ao secretário de Educação, Renato Feder, pedindo explicações sobre a redução do número de turmas da Formação de Docentes.
No documento, proposto pelo vereador Marcio Rosa, o Legislativo requer da secretaria o devido embasamento legal da medida, e inclui declaração emitida pelo Colégio Barão do Rio Branco confirmando a uma mãe que sua filha não poderá estudar na instituição devido ao corte de turmas.
O requerimento da Câmara de Vereadores reforça ainda, que o atual procedimento do governo comprova denúncias anteriores feitas pela Casa de Leis “de não liberação de matrículas para as turmas de 1º ano noturno do Ensino Médio”. A Formação Docente é integrada ao Ensino Médio.
A comunidade escolar da Formação Docente do Barão do Rio Branco – curso que é o antigo Magistério – tem um histórico de resistência. Quando o ex-governador Jaime Lerner instalou no estado um verdadeiro laboratório de políticas neoliberais do FMI e do Banco Mundial, o “Magistério do Barão” resistiu à tentativa de fechamento dessa formação.
“O Governo Ratinho Junior quer acabar com esse curso, assim como tentou fazer Jaime Lerner. O Barão foi uma das 14 escolas no Paraná que resistiu ao fechamento na década de 90”, destaca Cátia Castro, pedagoga do Colégio Barão do Rio Branco e diretora da APP-Sindicato/Foz.
“É um curso que forma boa parte dos(as) educadores(as) que estão na rede municipal, na educação infantil e em séries iniciais, com muitos alunos(as) aprovados(as) nos últimos concursos, pois oferece formação de qualidade”, destacou a educadora. “Querem acabar com o sonho daqueles jovens que ainda sonham em ser professor(a)”, refletiu Cátia.